O
furão é um
mamífero carnívoro da
família dos
Mustelídeos. Existem diversas espécies de mustelídeos, sendo a mais conhecida o furão-doméstico (
Mustela putorius furo), utilizado como
animal de estimação em vários países do mundo. O termo é geralmente utilizado como referência ao furão-doméstico, descendente da "doninha-europeia" ou da "doninha-das-estepes", mas também a duas espécies de mustelídeos americanos que ocorrem do México à Argentina, conhecidas como
furão-grande (
Galictis vittata) e
furão-pequeno (
Galictis cuja).
Ao contrário do que algumas
crenças populares indicam, os furões não são
roedores e pertencem à família dos Mustelídeos, na qual se incluem os
texugos e as
lontras.
Desenho representando um furão.
Não se sabe ao certo quando os furões foram domesticados, embora pesquisas
arqueológicas tenham encontrado vestígios de furões por volta de
1500 a.C.. É no entanto incerto afirmar que os antigos
egípcios criavam furões, embora seja mais provável afirmar que os
europeus, por alturas das suas primeiras incursões ao
Egito, tenham observado a ampla domesticação de
gatos, iniciando assim, na Europa, a adoção de pequenos carnívoros como forma de protecção contra os
roedores que constantemente destruíam as provisões de
cereais.
É no entanto provável que o furão tenha surgido do
toirão (
Mustela putorius), como também é possível que tenha vindo da doninha-das-estepes (
Mustela eversmanni), ou, por outro lado, algum tipo de cruzamento
híbrido entre as duas espécies. No entanto, estas três espécies apresentam similaridades e diferenças únicas.
[editar] Caça com furão
Durante muito tempo, a principal utilização humana dada ao furão encontrava-se na caça, uma vez que, dotado de corpo magro e alongado e uma enorme curiosidade natural, o furão está adaptado para entrar em buracos e espantar quer
roedores, quer
coelhos para fora de suas
tocas.
Continua ainda a ser usado para a caça em alguns países, tais como o
Reino Unido e a
Austrália, onde os coelhos são considerados
pragas e a combinação de uma pequena
rede com um ou dois furões continua sendo uma técnica muito utilizada, apesar dos avanços tecnológicos actuais. Contudo, esta prática é considerada
ilegal em muitos países, devido principalmente à incerteza sobre a possibilidade de existirem desequilíbrios
ecológicos com a sua disseminação.
Relatos históricos indicam que
César Augusto teria enviado furões (chamados de "
viverrae" por
Plínio) para as
Ilhas Baleares como forma de controle da praga de coelhos no ano
6.
Já no
século XVII, os furões teriam sido levados pela primeira vez ao
Novo Mundo, tendo sido usados extensivamente desde
1860 até o início da
Segunda Guerra Mundial como forma de proteção das
provisões de cereais no
oeste dos
Estados Unidos da América.
Ns Estados Unidos, sua
popularidade como
animal de estimação começou, provavelmente, a partir de
1975, graças à Dra. Wendy Winstead, uma
veterinária e antiga
cantora de
música folk que se dedicou ao
comércio de furões, maioritariamente para pessoas famosas, tendo participado em diversas apresentações na
televisão com os seus próprios animais.
[editar] Animal de estimação
Furões dormindo em conjunto.
Dotados de
energia,
curiosidade e potencial para o
caos durante toda a vida, vigiam constantemente o ambiente que os rodeia, sendo tão chegados às pessoas quanto os
gatos (desde que, a exemplo destes, o dono saiba criar e cativar os bichinhos), entregando-se activamente às
brincadeiras com seus donos.
Nos
Estados Unidos e em
França é considerado o
terceiro animal de estimação, posicionado depois do
cachorro (primeiro) e do
gato (segundo) sendo incluído na categoria
NAC (novos animais de companhia).
Actualmente, o furão é considerado por alguns como um animal
perigoso para as
crianças, mas a proporcionalidade de problemas relatados é menor do que as ocorrências problemáticas com cães ou gatos.
A expectativa de vida pode ser muito variável, mas é habitual centrar a esperança média de vida entre os três e os seis anos, embora em raros casos possam chegar até aos treze anos.
[editar] Perigos identificados
Devido ao facto de serem animais ágeis e curiosos, em ambientes domésticos têm bastante facilidade em passar por
buracos nas
paredes,
armários ou por detrás de
eletrodomésticos onde se podem ferir ou até mesmo morrer devido a
choques elétricos,
ventiladores ou outros
objetos perigosos.
É comum ver o furão a mastigar objectos macios, geralmente constituídos por
borracha,
poliestireno (
isopor no Brasil ou esferovite em Portugal) ou
esponjas, que se tornam autênticos perigos em caso de ingestão, podendo bloquear o intestino ou até mesmo a morte. As
portas de
tela são especialmente frágeis às unhas do furão, sendo que, as
condutas de
ventilação são por diversas vezes utilizadas como
rotas de
escapatória.
Ao contrário dos cães e dos gatos, a maioria dos furões quando se encontram perdidos, têm pouco sentido de
orientação para retornar ao
lar, ficando a
vaguear sem rumo, caso não sejam rapidamente encontrados, acabando eventualmente por
morrer num espaço de poucos dias.
Actualmente, em ambiente doméstico, uma das principais causas de
acidentes fatais com os furões acabam por ser fruto da curiosidade natural do animal, que, ao entrar dentro de
sofás rebatíveis ou
cadeiras reclináveis, morrem esmagados quando os sofás ou as cadeiras são fechadas.
É por isso importante, por parte dos criadores domésticos, tomar providências com o fim de preparar a casa antes de tomar a decisão de ter um furão como animal de estimação. Diversos criadores aconselham a preparar a casa como uma tarefa contínua envolvendo a revisão cuidadosamente de todas as divisões, remoção de todos os objectos potencialmente perigosos e restrição de acesso a qualquer buraco ou eventual rota de fuga.
Os furões podem abrir armários ou portas que não estão bem fechados, sendo que muitos criadores tomam medidas no sentido de adquirir fechaduras usadas com o fim de proteger crianças, colocando os objectos considerados perigosos em locais altos e fora do alcance do animal.
Os furões gastam a maior parte do seu tempo (entre 14 a 18 horas por dia) dormindo, embora, sejam muito ativos ao despertar, explorando persistentemente a área circundante. São
crepusculares, ou seja, mais ativos por altura do
amanhecer e do
pôr-do-sol.
Embora pareçam, não são animais de gaiola.Devem ser criados soltos, como cães e gatos,ou terem um cômodo da casa reservado a estes. Tal como o gato, o furão pode usar uma caixa para suas funções de
excreção com um pouco de treinamento.
São considerados ótimos parceiros de atividades em
jardins e gostam especialmente de "ajudar" seus donos nessa tarefa, embora não devam ser permitidos andar sem vigilância, uma vez que não sentem
medo de nada, a ponto de entrarem em situações eventualmente perigosas. Ao serem levados para fora, necessitam sempre de vigilância, de preferência sendo presos por coleiras especialmente preparadas para furões.
[editar] Socialização
Furão a brincar, puxando um pente.
Os furões são extremamente
sociais entre si, entregando-se às brincadeiras e actividades com outros furões com bastante facilidade.
São considerados monogâmicos, sendo que, é comum observar que, após a morte de um dos elementos do
casal, o animal sobrevivente freqüentemente morre passados alguns dias, provavelmente por motivos de
solidão ou
depressão. Por esta razão, os principais criadores recomendam a colocação de três animais juntos como forma de evitar a morte por solidão, sendo que, no entanto, a criação de animais solitários é possível desde quando acompanhada de perto com bastante atenção e disponibilização de tempo para jogos e brincadeiras.
Os furões são por vezes observados em actividades lúdicas com gatos e pequenos cachorros, mas é recomendado bastante cuidado sempre que possam estar em companhia de animais desconhecidos, particularmente cães da raça
terrier ou outras raças desenvolvidas ou treinadas com habilidades para a caça de animais do tamanho do furão.
Dificilmente os furões conseguirão socializar com coelhos ou ratos, uma vez que estes fazem parte da sua cadeia alimentar natural.
[editar] Convivência com crianças
Os furões podem ser maravilhosos animais de estimação para as
crianças. Contudo, é recomendado vigiar com atenção as crianças mais pequenas. Com o passar dos anos as crianças devem ser ensinadas a cuidar do furão e segurá-los, como com qualquer outro animal doméstico.
Muitas vezes as crianças tratam furões como brinquedos e tentam abraçá-los com força, o que pode sufocar o animal, provocando uma tentativa de fuga em pânico, possivelmente gerando
arranhões ou mesmo
mordidelas em situações extremas. É recomendado observar de perto a convivência entre os animais e as crianças muito pequenas para a proteção de ambos.
[editar] Atividades lúdicas
Furões em actividades lúdicas.
Devido ao fato dos furões serem animais sociáveis, na sua maioria, são brincalhões e gostam de interagir com as pessoas, sendo que, os
jogos preferidos são, geralmente,
pega-pega (no Brasil ou
apanhada em Portugal), ou, similarmente, jogos de
caça e
caçadorcom os humanos, onde o furão desempenha por vezes o papel da caça e outras o do caçador.
A maioria dos
brinquedos usados com gatos jovens são interessantes também para o furão, no entanto, os brinquedos de borracha ou
isopor (esferovite) que possam ser despedaçados através de mordidas não devem ser usados pelo furão, de modo a evitar a possibilidade de serem engolidos. Os furões são conhecidos pelo sua preferência em brincar de cabo-de-guerra com brinquedos e animais de
pelúcia.
Em situações de particular agitação, o furão executa a
dança de guerra da doninha, que consiste numa série de saltos laterais de forma frenética, geralmente acompanhado com ligeiros
sons semelhantes a
tosse ou
guinchados.
Tal como os gatos jovens, os furões não costumam
morder seus donos, mas os criadores indicam que é frequente observar ligeiras mordiscas (
mordidelas) nos dedos, indicando por outro lado que apenas os animais sujeitos a maus tratos ou em situação de dor ou perigo poderão morder um ser humano. Ainda a exemplo dos gatos, os furões estão dotados de mandíbulas fortes e dentes em forma de agulha, sendo que, quando realmente mordem, facilmente furam a pele humana.
O furão é um animal
carnívoro, mas também come frutos secos, cereais e nozes.
Existe no
mercado uma grande variedade de
comidas para furões
comercializadas em
lojas de animais de estimação um pouco por todas as cidades do mundo. Comidas de gatos ou gatinhos podem ser usadas, uma vez que contêm altas quantidades de
proteínas e
gorduras essenciais para o
metabolismo do animal. De preferência, a comida do furão deve conter entre 32% a 38% de proteínas e entre 15% a 20% de gorduras.
De uma forma geral, os furões gostam de comidas
doces ou
frutos secos, tais como
uva passa, pasta de
amendoim ou pedaços de
cereais. Tais comidas devem ser evitadas ou a incapacidade do animal em digerir estes alimentos podem provocar
doenças, tais como
insulinoma e outras.
Alguns criadores disponibilizam rações à base de carnes de
galinha, sub-produtos animais e ossos, ou roedores, tais como
camundongos e
ratos, o que pode ser comum na
Europa, sendo também cada vez mais popular nos
Estados Unidos à medida que aumenta o conhecimento dos malefícios das comidas processadas com sua alta quantidade de
açúcares e
carboidratos.
[editar] Cuidados veterinários
Os criadores recomendam uma visita ao veterinário pelo menos uma vez por ano, sendo que os furões costumam esconder com sucesso os sintomas de doenças. É recomendado observar qualquer comportamento fora do comum, a fim de efetuar uma consulta imediata ao veterinário.
[editar] Manutenção física
A maioria dos furões muda de pêlo duas vezes por ano, uma na
primavera e outra no
outono, sendo que, durante estes períodos, é recomendável a
escovação regular e a administração de produtos
laxantes de forma a criar uma protecção contra a ingestão de
pelos em demasia.
Os
banhos frequentes não são recomendados, e a maioria dos
veterinários indica que não devem ser dados mais do que um banho por mês, sendo que, muitos criadores nunca o fazem, à excepção de quando possa ocorrer algo que justifique a lavagem. É dado adquirido que, os banhos frequentes podem de fato aumentar o cheiro natural do animal, já que sua pele repõe a oleosidade natural perdida na lavagem.Um furão pode tomar banhos anuais.
O corte frequente das unhas e a manutenção de uma boa limpeza nas orelhas é outra das principais recomendações para o bem estar do animal.
[editar] Classificação de espécies por cores
O furão sable, a variação de cor mais comum.
Os furões costumam mudar ligeiramente de
cor conforme as
estações do ano, sendo que ganham uma tonalidade mais clara no
inverno do que no
verão. Em muitos animais, é possível observar também a mudança de cor para tons mais claros à medida que envelhecem.
Nos
Estados Unidos, as diferentes
associações de criadores de furões reconhecem diferentes cores para a classificação das espécies, o que apenas é considerado importante em casos de
competições ou
exibições.
O
vírus da
cinomose é mortal para os furões, pelo que os criadores recomendam a sua
vacinação. Em alguns países em que é permitida a criação doméstica, a vacinação contra a
raiva é exigida embora a incidência desta doença no furão seja extremamente baixa.
Actualmente não existe qualquer registro de que um furão tenha transmitido raiva aos seres humanos.
[carece de fontes]
- Pelagem principal: branco a creme
- Sub-pêlo: branco a creme
- Olhos: vermelhos
- Focinho: rosado
- Pelagem principal: marrom intenso
- Sub-pêlo: branco a creme
- Olhos: castanhos ou castanhos escuros
- Focinho: castanho claro
- Máscara: completa e bem definida
-
- Corpo castanho claro e membros (patas) escuras formando um contraste definido. A máscara deve estar presente.
-
- Caracteriza-se pela presença de uma faixa branca na cabeça, desde a fronte, passando entre as orelhas e descendo até à nuca ou ombros.
-
- Possui pêlos brancos entremeados ao pêlo princila (que é castanho), dando um aspecto de mesclado. Geralmente os joelhos são brancos e pode possuir um babador (pescoço) branco.
-
- A cabeça é completamente branca, incluíndo o pescoço. Os pés, pernas e abdômen também são brancos.
-
- Apresenta as patas brancas. Pode haver um babador branco (mancha sob o queixo, no pescoço).
- Pelagem principal: cinza escuro um pouco enegrecido
- Sub-pêlo: branco ou creme
- Olhos: castanhos escuros ou próximo do negro
- Focinho: castanho enegrecido
-
- Possui uma mancha branca no pescoço (babador), abaixo do queixo. As patas devem ser brancas.
[editar] Branco com olhos negros
- Pelagem principal: branco a creme
- Sub-pêlo: branco a creme
- Olhos: negros ou cor de vinho
- Focinho: rosado
[editar] Branco Stripe
- Todo branco, com uma faixa negra no dorso, olhos negros ou cor de vinho.
- Pelagem principal: castanho claro quase dourado
- Sub-pêlo: branco a creme
- Olhos: cor de vinho
- Focinho: rosado
- Pelagem principal: marrom cor de achocolatado, mas na ponta da cabeça (focinho), a pelagem é totalmente branca.
- Sub-pêlo: branco
- Olhos: castanhos ou cor de vinho
- Focinho: rosado
- Máscara: ausente ou pouco definida