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Morte de animais marinhos preocupa especialistas da Baixada Santista

A morte de animais marinhos na Baixada Santista está preocupando biólogos, veterinários e outros profissionais envolvidos como o meio ambiente. Eles realizaram um encontro no aquário de Santos, no litoral de São Paulo, para debater as causas das mortes dos animais, principalmente as tartarugas.


De acordo com a Guarda Costeira de Praia Grande, 238 animais marinhos foram encontrados vivos ou mortos nas praias da cidade em 2012. Desse total, 118 eram tartarugas e apenas duas estavam vivas. “Em todos estes anos que a gente vem trabalhando junto ao Ibama, é o ano que teve a maior incidência de ocorrências com tartaruga”, afirma o inspetor da entidade, Delfo Monsalvo.
Segundo o veterinário do Aquário de Santos, Gustavo Pereira Dutra, 63% dos atendimentos com tartarugas marinhas são de animais impactados por lixo. “O principal é o lixo plástico, que acaba causando efeitos no trato gastro-intestinal dos animais. Para resolver esse problema, teria que ter uma ação incisiva e a longo prazo no sentido de resolver a disposição desse lixo”, diz.

A chefe regional do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Ingrid Oberg, levanta que uma das pescas que mais causa a morte de tartarugas é a com rede. “Ela é deixada à deriva, presa próxima à costa ou na própria baía e depois o pescador volta para pegar o peixe. A tartaruga se prende na rede e morre sufocada pois não consegue subir à superfície para respirar”, conta.
Ela lembra também que o problema não tem origem na falta de fiscalização. “Não é a falta de fiscalização que faz ocorrer mais mortes de tartarugas, pois esta não é uma pesca permitida”, finaliza.


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