223 pit bulls resgatados dia 30 de março de uma rinha em San Pablo, nas Filipinas. As informações são do Philippine Daily Inquirer.
Foi a paixão que fez a advogada passar a Sexta-Feira Santa junto aos cachorros e outras pessoas; uma paixão que ultrapassa a raiva em saber que os mesmos coreanos que foram presos no ano passado em Indang, também nas Filipinas, por promoção de rinhas de cachorro online, estavam em liberdade e simplesmente realocaram a atividade.
“Além de não quererem ver briga de cachorros, eu acho que o que enfureceu os filipinos foi que isso foi feito por pessoas que já haviam sido presas e ainda operavam impunemente por aqui”, disse Maria.
Ela se reuniu com Nancy Cu-unjieng e outras mulheres do Compassion and Responsibility for Animals (Cara), o grupo que ao lado do Island Rescue Organization (IRO), dirigido por Nena Hernandez, assumiu a responsabilidade pelos cães.
Nena está cuidando de 61 cães, levados pela Sociedade Filipina Protetora dos Animais (PAWS) dias após o resgate. Membros da PAWS, os primeiros a chegar à cena do resgate, decidiram sacrificar 33 animais que estavam gravemente feridos e eram muito agressivos.
Sem necessidade de eutanásia
Desde então, os grupos IRO e Cara decidiram que não haverá mais eutanásia. Eles vão tentar salvar o maior número possível de cães.
“Estamos tentando fazer o melhor que podemos e decidimos que temos que dar uma chance a estes cães de sobreviverem”, disse Nancy.
A boa notícia é que as pessoas estão ajudando. “Quando ficamos sabendo dessa história dias atrás, pensei que eles precisariam de ajuda para reabilitar os cães”, disse Henry Monzones, adestrador que mora em San Pablo e pertence ao grupo Laguna Search and Rescue.
Monzones admite ter ficado chocado quando soube que havia uma rinha instalada bem debaixo do nariz dele. “Obviamente eles tinham pessoas por trás que davam apoio”, observou.
Ele tem visitado quase que diariamente os cães para ajudar e está, além disso, desenhando um projeto de construção de abrigos mais duráveis. “Nenhum desses cães precisa morrer”, disse.
Enquanto isso, os animais estão vivendo em tambores de aço. Lonas e redes são jogadas para protegê-los do sol já que alguns cães tiveram insolação.
Nancy montou um chuveiro improvisado com uma mangueira para amenizar o calor sufocante.
As peças de lona foram uma cortesia de Jay Lim, um empresário e treinador de cães da Philippine Mondioring Association. Lim trabalha com pitbulls há 10 anos.
“As pessoas sempre pensam em pit bulls como cães que lutam e matam pessoas. É cansativo ouvir as mesmas histórias. Muitos desses cachorros apenas são agressivos porque foram traumatizados e ficam na defensiva”, explica Lim.
Apesar de muitas pessoas quererem adotar os cães, Lim enfatiza que “só aqueles que conhecem bem a raça podem adotá-los”.
Ele levou a esposa e os quatro filhos, como uma forma de treiná-los, disse rindo. “Eu encaro isso como uma formação de valores.”
Logo depois, a mais filha velha, Sarah, de 19 anos, estava ajudando a dar banha em alguns animais feridos.
Mais tarde, Susan Garzon e Jun Pareña, voluntários da Tulay Foundation, uma ONG budista, tirou fotos e fez perguntas a Manuel O. Chua, fundador da entidade.
“Os budistas falam sobre a compaixão e não acreditam em matar seres vivos”, explicou Pareña. “Quando Chua leu algo sobre a situação dos cães, ele realmente se mudou para cá para ajudar.”
Chua ofereceu muitos itens para dar assistência, como madeira para construção dos abrigos.
Quando o sol de pôs, todos conversavam animadamente sobre a ajuda financeira vinda de um doador dos Estados Unidos. “É o amor pelos animais que nos faz continuar”, disse Nancy, que prevê um santuário permanente para estes e outros cães que forem sendo resgatados.zzz
Para Maria Parsons, advogada que atua na área de bem-estar animal, a paixão de um salvador morrendo traduz de forma mais adequada sua própria cruzada em salvar a mais inocente das vítimas –
Foi a paixão que fez a advogada passar a Sexta-Feira Santa junto aos cachorros e outras pessoas; uma paixão que ultrapassa a raiva em saber que os mesmos coreanos que foram presos no ano passado em Indang, também nas Filipinas, por promoção de rinhas de cachorro online, estavam em liberdade e simplesmente realocaram a atividade.
“Além de não quererem ver briga de cachorros, eu acho que o que enfureceu os filipinos foi que isso foi feito por pessoas que já haviam sido presas e ainda operavam impunemente por aqui”, disse Maria.
Ela se reuniu com Nancy Cu-unjieng e outras mulheres do Compassion and Responsibility for Animals (Cara), o grupo que ao lado do Island Rescue Organization (IRO), dirigido por Nena Hernandez, assumiu a responsabilidade pelos cães.
Nena está cuidando de 61 cães, levados pela Sociedade Filipina Protetora dos Animais (PAWS) dias após o resgate. Membros da PAWS, os primeiros a chegar à cena do resgate, decidiram sacrificar 33 animais que estavam gravemente feridos e eram muito agressivos.
Sem necessidade de eutanásia
Desde então, os grupos IRO e Cara decidiram que não haverá mais eutanásia. Eles vão tentar salvar o maior número possível de cães.
“Estamos tentando fazer o melhor que podemos e decidimos que temos que dar uma chance a estes cães de sobreviverem”, disse Nancy.
A boa notícia é que as pessoas estão ajudando. “Quando ficamos sabendo dessa história dias atrás, pensei que eles precisariam de ajuda para reabilitar os cães”, disse Henry Monzones, adestrador que mora em San Pablo e pertence ao grupo Laguna Search and Rescue.
Monzones admite ter ficado chocado quando soube que havia uma rinha instalada bem debaixo do nariz dele. “Obviamente eles tinham pessoas por trás que davam apoio”, observou.
Ele tem visitado quase que diariamente os cães para ajudar e está, além disso, desenhando um projeto de construção de abrigos mais duráveis. “Nenhum desses cães precisa morrer”, disse.
Enquanto isso, os animais estão vivendo em tambores de aço. Lonas e redes são jogadas para protegê-los do sol já que alguns cães tiveram insolação.
Nancy montou um chuveiro improvisado com uma mangueira para amenizar o calor sufocante.
As peças de lona foram uma cortesia de Jay Lim, um empresário e treinador de cães da Philippine Mondioring Association. Lim trabalha com pitbulls há 10 anos.
“As pessoas sempre pensam em pit bulls como cães que lutam e matam pessoas. É cansativo ouvir as mesmas histórias. Muitos desses cachorros apenas são agressivos porque foram traumatizados e ficam na defensiva”, explica Lim.
Apesar de muitas pessoas quererem adotar os cães, Lim enfatiza que “só aqueles que conhecem bem a raça podem adotá-los”.
Ele levou a esposa e os quatro filhos, como uma forma de treiná-los, disse rindo. “Eu encaro isso como uma formação de valores.”
Logo depois, a mais filha velha, Sarah, de 19 anos, estava ajudando a dar banha em alguns animais feridos.
Mais tarde, Susan Garzon e Jun Pareña, voluntários da Tulay Foundation, uma ONG budista, tirou fotos e fez perguntas a Manuel O. Chua, fundador da entidade.
“Os budistas falam sobre a compaixão e não acreditam em matar seres vivos”, explicou Pareña. “Quando Chua leu algo sobre a situação dos cães, ele realmente se mudou para cá para ajudar.”
Chua ofereceu muitos itens para dar assistência, como madeira para construção dos abrigos.
Quando o sol de pôs, todos conversavam animadamente sobre a ajuda financeira vinda de um doador dos Estados Unidos. “É o amor pelos animais que nos faz continuar”, disse Nancy, que prevê um santuário permanente para estes e outros cães que forem sendo resgatados.zzz
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