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porquinho da Índia

Ele não é um porquinho e nem veio da Índia. Na verdade, esse animal pertence à classe dos roedores e é originário da América do Sul. O veterinário Lauro Soares, especialista em animais silvestres, acredita que a culpa desta confusão venha dos tempos da colonização:
- Quando Pedro Álvares Cabral chegou ao Brasil, ele estava tentando chegar à Índia, por isso o animal ficou conhecido como porquinho-da-índia. A comparação com o porco veio por causa do formato da cabeça.

Quem quiser ter um bicho desses em casa, deve ter cuidados redobrados, principalmente na hora da compra. Procure um local especializado, que saiba diferenciar o sexo dos bichos, caso você queira mais de um. A procriação é bastante frequente nesta espécie. Eles chegam a ter até seis crias por ano e a fêmea entra no cio horas depois do parto.
- O macho adulto tem o testículo bem evidente. O espaço entre o ânus e o pênis é maior nos machos do que nas fêmeas. A abertura do pênis tem uma abertura circular.

Alimentação
Um porquinho-da-índia vive, em média, entre cinco e oito anos, e chega a pesar um quilo. Hoje em dia, já existe ração própria para a espécie e, na opinião do veterinário, essa é a melhor alimentação para suprir as necessidades do bicho.
- Este roedor é um dos únicos animais que não produz vitamina C, então ele precisa ingerir esse nutriente. Sua falta pode provocar diversas doenças.

A vitamina C ajuda na formação do colágeno e sem ela, a pelagem pode cair ou ficar quebradiça. Além disso, a deficiência dessa vitamina pode causar dor nas articulações e dificultar a locomoção do bicho, principalmente os filhotes. Soares afirma que além da ração, é possível enriquecer a comida do bicho com vitamina C comprada em farmácias.

Os dentes nunca param de crescer e podem ficar grandes e pontudos se não forem gastos. Além da ração, os porquinhos devem comer bastante verdura rugosa, tipo alfafa. O movimento que ele faz para mastigar as folhas ajuda no desgaste dos dentes.
- Quando os dentes estão grandes, é comum os porquinhos pararem de comer, pois eles machucam a boca e a língua. Isso pode levá-los à morte.

Evite dar frutas ácidas e mistura de sementes, como girassol e milho, pois são muito gordurosas. Os porquinhos têm metabolismo rápido e por isso, não podem ficar muito tempo sem comer. O pote de ração deve estar sempre cheio.

Saúde
É difícil para o dono perceber quando o bicho está doente pelas mudanças de comportamento dele.
- O porquinho-da-índia faz o papel da presa na cadeia alimentar e, por instinto, tem o mecanismo de não demonstrar sintomas de doenças para não atrair predadores. Ele gasta todas as energias possíveis para parecer normal.

Problemas com obesidade, dentes e patas são os mais comuns entre esses animais. Para evitar que ele fique gordinho, não dê sementes e deixe-o sair da gaiola todos os dias para andar e fazer exercícios.

As patas dos porquinhos são muito sensíveis, pois não têm proteção como as dos gatos e cachorros.

Se o animal estiver muito obeso, a pressão sobre as patas é grande, e ele pode ter uma inflamação chamada pododermatite. Se isso atinge os ossos, o animal pode morrer.

O veterinário também não recomenda deixar o bicho andar na grade da gaiola. Ele recomenda que a gaiola seja forrada com jornal, papel ou serragem, pois superfícies ásperas também machucam a sola dos pés.

Comportamento

Os porquinhos emitem um ruído, principalmente se estão incomodados com algo. Animais maiores podem atacá-los, por isso não é recomendado deixá-los com outro bicho, principalmente coelhos.
- O coelho tem uma bactéria na saliva que pode transmitir pneumonia aos porquinhos.

A relação com outros porquinhos é calma e eles convivem em paz. Os porquinhos são dóceis, tímidos, curiosos e engraçadinhos, o que os torna mais simpáticos para conviver com humanos.

Ambiente

O melhor ambiente para manter um porquinho é a gaiola. Se for soltá-lo pela casa, só o faça sob supervisão, pois como são roedores, podem destruir fios, rodapés, etc. Como são propensos a ter infecções respiratórias, não deixe a gaiola perto de correntes de vento. Por ser um animal de origem andina, seu pelo é bem grosso. Por isso, eles não toleram excesso de calor.

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